Pedaço de chão

Sob os raios de Sericita nasci, cresci e alguns
Anos vivi, com dezoito anos de lá saí rumo
A Cidade Maravilhosa onde fenômeno igual nunca vi.

Mas trago na lembrança suas montanhas,
Das entranhas rochosas orquídeas de variadas
Cores; à Festa da Cidade fala-se de amores,
Da colheita do café e frutas de tantos sabores.

O lavrador de enxadas sobre os ombros
Andando quilômetros para ganhar o pão
De tudo desprotegido, descalço de pé no chão.

De estrada nova, de Sericita a Ponte Nova
Fácil se vai de bicicleta ou caminhão.
Além dos raios que riscam o céu no verão,
Sericita agora tem asfalto riscando o chão.
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 03/06/2009
Reeditado em 03/06/2009
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