O DIA EM QUE O TEMPO PAROU (O universo se imobiliza pra nos ver) - Retrô

Quando meus olhos passeavam pela graça de teus passos;

Eles viviam o mesmo sonho que todas as noites me invadia;

Onde a seiva que hidrata minha boca, inundava os meus abraços;

Onde eu sabia que se preciso fosse, pra te ter, o tempo eu pararia!

E foi assim, quando enfim, o teu sabor procurou meus endereços;

No fim de tarde, onde o sol desistiu de se esvair no horizonte;

Onde a larva não violou o seu casulo e a borboleta ignorou seus adereços!

Dia que não virou noite, onde as águas permaneceram nas fontes;

As nuvens detiveram a si e o mais impetuoso vento cessou;

Correntes de rios recolheram seu prosseguir e desapareceram as marés;

A metrópole sempre agitada, tal como o campo sertanejo se tornou;

Inimigos se deram trégua, e já não se encontraram quadros e pincéis!

Dois corpos que se perderam, nos interiores do seu querer;

Fizeram um grandioso espetáculo, que o universo contemplou;

No dia em que todos os feitos, resolveram mais nada fazer;

Dia em que se faz eterno o nosso prazer, pois o tempo parou!!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 02/06/2009
Código do texto: T1628387
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