SE EU PUDESSE
NALDOVELHO
Se eu pudesse construiria um templo
sem cadeados, trincos ou tramelas,
quem sabe até, portas e janelas,
onde ficássemos expostos ao vento
e sagraria em ti o meu amor.
Se eu pudesse te resgataria depressa
dessa cidade nublada,
dessa distância malvada,
pra bem perto dos meus braços.
Ah se eu pudesse!
Imploraria a tua presença,
serias então minha amante,
meu segredo sagrado e indecente
e aboliria de vez a saudade
que tanto nos maltrata.
Se eu pudesse escreveria muitos poemas,
e em teu louvor belas cantigas e é claro!
Em especial uma que fosse de ninar.
Se eu pudesse, teria trilhado outro caminho,
um que fosse do mais brando destino,
pois é longa a estrada que eu temo
irá me levar cada vez mais longe de ti.
Ah se eu pudesse!
Gritaria bem alto o teu nome,
revelaria ao mundo o meu sonho
e caminharíamos então de mãos dadas,
dormiríamos, pernas enroscadas,
dividiríamos a mesma coberta.
Seria tão bom acordar do teu lado!
Ah se eu pudesse!
NALDOVELHO
Se eu pudesse construiria um templo
sem cadeados, trincos ou tramelas,
quem sabe até, portas e janelas,
onde ficássemos expostos ao vento
e sagraria em ti o meu amor.
Se eu pudesse te resgataria depressa
dessa cidade nublada,
dessa distância malvada,
pra bem perto dos meus braços.
Ah se eu pudesse!
Imploraria a tua presença,
serias então minha amante,
meu segredo sagrado e indecente
e aboliria de vez a saudade
que tanto nos maltrata.
Se eu pudesse escreveria muitos poemas,
e em teu louvor belas cantigas e é claro!
Em especial uma que fosse de ninar.
Se eu pudesse, teria trilhado outro caminho,
um que fosse do mais brando destino,
pois é longa a estrada que eu temo
irá me levar cada vez mais longe de ti.
Ah se eu pudesse!
Gritaria bem alto o teu nome,
revelaria ao mundo o meu sonho
e caminharíamos então de mãos dadas,
dormiríamos, pernas enroscadas,
dividiríamos a mesma coberta.
Seria tão bom acordar do teu lado!
Ah se eu pudesse!