As Lágrimas do Silêncio

Nem Pierrô, nem herói,
apenas vítima de uma Colombina.
Existem tantas opções...
Mas parece haver um único destino,
como se fossem muitos rios
e um único mar.
Mar de águas salgadas,
como são as águas do lacrimejar.
Gotas que lavam os rostos
daqueles que choram em silêncio,
ocultos dos outros, e de si mesmos.
E então, que o mar se recrie em mares
que descubram que, mais além,
estão os oceanos.
E que estes, então,
sejam o mausoléu das paixões perdidas,
com suas brancas aves, 
imaginárias gaivotas,
metáforas de solidões anárquicas
que se perderam,
e de peregrinos
que foram ludibriados pelos desejos,
vitimados pelos fortes ventos das paixões.
Céu que a tudo vê,
céu-oceano de mundos,
céu-berçário de tantas estrelas,
olha para estas humildes aves feridas.
Faz da luz da lua
um sagrado remédio,
alivia esses corações pesados,
para que as asas fortalecidas
permitam alçar um voo maior,
descobrindo as trilhas
do verdadeiro amor.
 

Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 31/05/2009
Código do texto: T1625446
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