Aportar ás margens da alma

Poderia aportar às margens

Dos meus rios, seguir remando,

Guinando esses desvios constantes

Sem algas venenosas nas águas,

Paixões mareantes espumando maresias

Conseguir livrar-me das ironias poéticas

Amealhando os lírios sem retornar dos sonhos

Esquecendo os rostos martirizados, sem mal ou dano.

Seria necessário ser, desnecessário saber ser.

Um fantasma rondando paredes estáticas

Com olhos vidrados no nada, na brisa mágica

Do amanhecer.