ÁRVORE ESTRELA
Os teus braços são ramos eternos
Que abraçam a Imensidão
Mas no teu cerne
Mora uma nata solidão
Os Teus Ramos têm folhas
Que são poemas
Que um dia eu hei-de escrever
Sem dor
Sem mágoa
Com o amor que me caracteriza
Mesmo sem te ver
Sentindo
Sentindo sempre as tuas raízes
Que estão ao contrário
Não assentam na Terra
Mas sim nas Estrelas
E assim enigmática
És a mais bela
Pois debaixo da tua sombra
Aprendi a Amar-te
A compreender-te
A estimar-te
Sombra que me protege das minhas
Que é o meu refugio
De sanidade
No qual velo
E penso palavras
Que te dou
E que provam
Que o meu Amor
Irá durar
Uma possível
E desejada Eternidade
Mesmo
Que a nossa comunicação
Seja parecida
Com a que um homem
Tem com uma árvore
Não falamos a mesma linguagem
Mas entendemo-nos nos interstícios
Das palavras
Da mais pura sensação
Barreiras esbatidas
Orgânica definida
E és Tu
Que algures dentro de Ti
Deténs
Alegremente cativo
O meu Coração