Pequenos passos
Vi ruas estreitas, casas antigas,
estudantes em pequenos grupos.
Meu olhar furtivo passeia pela cidade, procurando,
aflito, seu rosto na multidão que por mim passa.
Curiosa a sensação do desconhecido que me faz
supor imagens que antes nunca vi.
Caminho pela calçada coberta de pedra
velhas e gastas pelo tempo.
O sol da manhã colore a vida que pulsa
naturalmente em cada ser que dela faz parte.
Sinto o calor dos raios a me envolver em
um abraço forte, pungente.
Percebo a música entoada incansavelmente
pela cigarra no tronco da árvore.
Pressinto, quase posso tocar as notas dissonantes
do canto, a poesia doce dos acordes.
E no contexto do momento noto a
minha existência frágil e apaixonada.