RENÚNCIA

Uma emoção em redemoinhos
embriaga-me os sentidos,
e captura minha mente.

Rapidamente, um instinto
(feito forte vinho tinto)
primitivo e quase irrefreável
faz-me querer o impraticável
- em atração muito poderosa.

No escuro de todas as noites
(e antes da luz da aurora)
esta paixão me toma/fulmina,
mina e, perplexa, vejo a sina
que invade a minha vida:

Frear o impulso maiúsculo
(renunciar ao que sinto)
calar a palavra sentida,
nunca dita/
maldita/contida
no doloroso e vão escrúpulo.

Ah, viver assim, , sem repouso ou guarida,
dentro da névoa
sem fim ... e dos crepúsculos.

Silvia Regina Costa Lima
30 de maio de 2009



Obs: só poesia
SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 30/05/2009
Reeditado em 30/05/2009
Código do texto: T1623682
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