MADRUGADA FRIA

Trevas da noite, pequenas, finas, frias gotas de orvalho, como gélidas lâminas tocam e umedecem suas pétalas movidas delicadamente ao sabor de zéfiro.

Silêncio, sensibilidade, saudade, sonho: Solidão! Sentimentos resguardados, machucados, doloridos...

Mas a madrugada indiferente, gelada, prenuncia o nascimento da aurora. Seus raios dourados suave e delicadamente te envolverão e te aquecerão minha Flor.

O Colibri voltará, não para ficar, ele nunca permanece, mas volta sempre, para revoar sobre ti, sentir teu perfume, tocar tuas delicadas pétalas, saborear teu néctar.

Ele precisa de ti, como tu minha Rosa, necessita de sua singela calorosa presença, do breve gostoso frescor e toque de suas asas, dos beijos que de tão suaves deixam lembranças ao primeiro contato.

Não temas minha Flor, ele voltará.

Não te prendas à certeza da partida, mas na convicção de que o presente de sua presença é eterno como eterno é o amor presente.

Estejas pronta,

Quando ele voltar,

Abra-te...

Flor...

Amor...

Beijo...

Beija –flor.

VERMEEFLOR
Enviado por VERMEEFLOR em 30/05/2009
Reeditado em 06/11/2010
Código do texto: T1623429
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