POESIA CEGA
Escaruncho versos doces e atrevidos de bom vinho envolvidos,
Amo este amor, que das reservas de tonéis velhos me oferecem,
Em poesias róseas alimentadas de cantos de sereias e fluidos rubores,
Amo a mentira, como quem ama o reflexo no espelho e nega a face que toca,
Nada em mim é efêmero ou passageiro, busco nos versos o verdadeiro,
Doa-me da vida; não desta vida encarcerada e mentida, mas da vida da reserva especial
Que guardas no embornal que transportas no peito,
Daí me caridade versejada, amor em rimas perfeitas, musicalidade plena
Dá-me do teu amor cultivado na videira da compaixão verdadeira,
Exponha teu solo mais rico, e não me digas que já amou...
E que do amor ficou um bilhete na soleira de uma porta fechada
Um retrato na escrivaninha e muitas lagrimas escritas,
O amor este que dói; que nas vitrinas é roupa da moda batida,
É meu coração esfaimado, daí a ele alimento,
E deste rebento verás nascer um poeta sem os sonhos juvenis das almas errantes
Veras um verso envelhecido, amoroso e depreendido, verso culminado!
No ápice o cálice transborda e o bom vinho vertido alaga sentimentos renovados,
Escaruncho versos doces e atrevidos de bom vinho envolvidos,
Amo este amor, que das reservas de tonéis velhos me oferecem,
Em poesias róseas alimentadas de cantos de sereias e fluidos rubores,
Amo a mentira, como quem ama o reflexo no espelho e nega a face que toca,
Nada em mim é efêmero ou passageiro, busco nos versos o verdadeiro,
Doa-me da vida; não desta vida encarcerada e mentida, mas da vida da reserva especial
Que guardas no embornal que transportas no peito,
Daí me caridade versejada, amor em rimas perfeitas, musicalidade plena
Dá-me do teu amor cultivado na videira da compaixão verdadeira,
Exponha teu solo mais rico, e não me digas que já amou...
E que do amor ficou um bilhete na soleira de uma porta fechada
Um retrato na escrivaninha e muitas lagrimas escritas,
O amor este que dói; que nas vitrinas é roupa da moda batida,
É meu coração esfaimado, daí a ele alimento,
E deste rebento verás nascer um poeta sem os sonhos juvenis das almas errantes
Veras um verso envelhecido, amoroso e depreendido, verso culminado!
No ápice o cálice transborda e o bom vinho vertido alaga sentimentos renovados,