Poema inesperado
Quando o amor inunda a alma reflete
nas lágrimas vindas dos olhos
o desejo da felicidade plena.
Faço poemas que traduzem dores
e alegrias no contexto da realidade em que vivo.
Sou poeta das letras quase perfeitas
que se unem ao falar de você e do
amor que perambula insone por minha vida.
Refaço a escrita como se quisesse
mudar o verbo ou a concordância do
que já foi presente e hoje é passado.
Sou assim mesmo...
Escrevo agora de improviso na rapidez
com que digito nessa tela e devoro
a necessidade como a fome ou a
sede que precisam ser saciadas.
E as palavras surgem inesperadas e doces.
E, como disse um amigo, parece pingarem
da alma em versos barrocos.
Meus versos são brancos vindos
da alma poética e colorida que possuo.
Não posso controlar a profusão
que explode em mim feito raios de tempestade.
Não contenho emoções dentro de um
coração aflito e apaixonado que toca
notas dissonantes feito o canto inebriante
das cigarras ocultas no silêncio das árvores.
Sentindo a poesia em tudo o que a alma
toca ou alcança percebo sua
presença envolta em neblina
suave e cálida.
Aquieto-me na certeza que hoje tenho
e nada altera o curso que o meu
coração acompanha, ficando
à margem do seu.