A DOR NÃO MENTE

Alma ferida, tua dor não mente!

Entre mil fantasias restou-te a realidade

Abraçando o sonho da mentira escolheste

Viver em devaneio a tua única verdade

O castelo em que vivias caiu sem piedade

Vinda chuva em noite fria devolveu- te a sanidade

Sozinha, no chão da vida, por socorro tu gritavas

Porém, foste tu e tu apenas quem te ajudaste!

Onde estavam eles? Teu meio e tua terça parte?

Esperando com certeza que tu tão somente te acordasse!

Oh alma ferida, esta tua dor não mente!

Amaste o sonho de fazer do sonho a realidade...

Bem sabes, oh querida da dor que sentes!

Consciente, apega-te pois à sobriedade

Dores rasgaram-lhe o peito, abriram-lhe as feridas

No encontro do sou com o seria, aprendeste a enxergar-te!

Tu que eras sonhos, porém que aos poucos te encontraste

Buscando em teus cacos e restolhos algo que em ti se completasse

Desse mosaico multicores, conclusões enfim tiraste

Então tua alma ganhou valores, que nunca, jamais pensaste!

O que és tu? Ou, quem és tu?

Que ao entrar, sai-te com liberdade...

Oh alma ferida, tua dor não mente!

É amor que amaste em sonho mas que morreu com a realidade!

Sim, ilusões pereceram, foram-se com o vento!

O que ficou fui eu... de ti em mim metade!

Se meio, não te quero e nem a terça parte

Do amor doente estou liberto!

Yara Chima
Enviado por Yara Chima em 30/05/2009
Reeditado em 13/10/2012
Código do texto: T1622480
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