Dois.

Lá estão: dois que são quase um, como a matemática pode errar tanto assim? Para eles, somando-se dois dá-se um.

São complementos e remendos. Ela para tapar os buracos de mágoas passadas que há nele, e ele para remendar as palavras soltas e formar frases da qual nem ela mesma entende para a compreensão externa. Brigam sempre quando um se esquece de apagar a luz, mas ah, como esse sentimento tolo não reduz!

Só aumenta, só lhes dá mais vontade de saber um do outro, de conhecer até os mais íntimos e impuros pensamentos, os desejos mais sórdidos e mais sombrios. Sem medo, querem descobrir tudo sem pré-julgamentos - na verdade sem julgamento algum.

Querem coexistir e existir um no outro. E pouco a pouco se tornam arco-íris, que não tem graça se faltar uma única cor que for.

Entrelaçam as mãos e sonham acordados em uma tarde de sexta-feira, deitados na grama do parque. Roçam-se, como dois cachorros a se amarem.

Que passa eles sabem, mas no momento são um... um que passa junto. que anda no mesmo passo, no mesmo passo que o mundo.

conjuntos.

Jéssica Valim Amâncio
Enviado por Jéssica Valim Amâncio em 29/05/2009
Reeditado em 01/06/2009
Código do texto: T1622189
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