Dois.
Lá estão: dois que são quase um, como a matemática pode errar tanto assim? Para eles, somando-se dois dá-se um.
São complementos e remendos. Ela para tapar os buracos de mágoas passadas que há nele, e ele para remendar as palavras soltas e formar frases da qual nem ela mesma entende para a compreensão externa. Brigam sempre quando um se esquece de apagar a luz, mas ah, como esse sentimento tolo não reduz!
Só aumenta, só lhes dá mais vontade de saber um do outro, de conhecer até os mais íntimos e impuros pensamentos, os desejos mais sórdidos e mais sombrios. Sem medo, querem descobrir tudo sem pré-julgamentos - na verdade sem julgamento algum.
Querem coexistir e existir um no outro. E pouco a pouco se tornam arco-íris, que não tem graça se faltar uma única cor que for.
Entrelaçam as mãos e sonham acordados em uma tarde de sexta-feira, deitados na grama do parque. Roçam-se, como dois cachorros a se amarem.
Que passa eles sabem, mas no momento são um... um que passa junto. que anda no mesmo passo, no mesmo passo que o mundo.
conjuntos.