Ao meu poeta
O seu amor, meu poeta belo,
é passageiro, é forte, é um alento,
é chuva de março num pomar sedento:
dá vida, destrói e parte sem apelo.
O seu cantar, meu poeta louco,
é um canto triste, belo e pesado.
É o retrato de sua vida pouca,
de ilusões e sonhos relegados.
O que eu queria, amado poeta,
era ver calma nos seus olhos lindos.
E se assim acaso se perdesse
o desencanto que o faz poeta,
nos restaria a visão bem vinda
da nova vida que se construísse.
O seu amor, meu poeta belo,
é passageiro, é forte, é um alento,
é chuva de março num pomar sedento:
dá vida, destrói e parte sem apelo.
O seu cantar, meu poeta louco,
é um canto triste, belo e pesado.
É o retrato de sua vida pouca,
de ilusões e sonhos relegados.
O que eu queria, amado poeta,
era ver calma nos seus olhos lindos.
E se assim acaso se perdesse
o desencanto que o faz poeta,
nos restaria a visão bem vinda
da nova vida que se construísse.