Amor que invade
Que amor é esse que invade meu silêncio, que toma à força meus sentimentos, me isola nas lembranças, velando na atmosfera densa, cada movimento... tempestade de sentidos à flor da pele.
Nossos lábios de entrega... quero estar apenas presente esperando teu perfume, essência desnuda... fugacidade espreita dos amantes... é brisa a roçar a pele, ilusão de ti, sutil instante a despir-me em sonhos.
Presa dócil... corpo que tudo sente, santifica a dor, da outra parte ausente.
Desfaleço no abraço, no revelar-se o sagrado, semente do olhar que me escolheu carente, de teu grito e paixão instauro o finito, desterro meus medos, todo passado, para o eterno sempre.