CAMINHANDO COM AS BORBOLETAS...

 

A cada passo, um instante de imobilidade,

na observação do que salta aos olhos...

Tanta beleza pairando no ar,

que traz surpresas, incredulidade há!

E o ar se torna denso, com tanta vida,

sufocam até os perfumes que evolam no ar!

Vem aos olhos inusitadas belezas,

ás áridas mãos, maciez para se tocar,

aos braços recolhidos, tanto para se abraçar...

A cada passo imobilizado num encantado instante

quantos sentimentos não assolam meu coração?

E pensamentos tantos, não põem-se a bailar...

O caminho com as paradas incertas,

traz em si uma festa:

A do viver, a do existir!

Para uma visão atenta e inquieta

que a tudo procura tocar,

as coisas e os seres, parecem se transformar:

Ora são lagartas, ora são borboletas!

Uns não são ainda o que serão,

outros tem sua metamorfose completa;

uns caminham, outros voam em todas as direções...

Os primeiros - as lagartas, são promessas,

as borboletas, consumação!

A cada passo, na lide de viver,

vou me deparando com tantos mistérios...

Que vão-se descortinando aos poucos,

a cada passo...

Uns vão-se desnudando com o contato direto,

outros são mais reservados,

vão-se mostrando por partes,

na arte de viver e em meus versos!



Edvaldo Rosa

www.sacpaixao.net

31/01/2008