Prisma do amor

Amanheceu, a estrada deserta,
O sol não despertou, nevoeiro a vista,
O poeta desencantou, reclamou
Da dor que na vida apesar da luta persiste.

Os sons distantes, nas casas o silêncio,
Impera no vento a comunicação, dormem-se
Os homens; consumam-se perspectivas,
Mas longe ainda se encontra a emoção.

O tédio, prédio sombrio, dor maior
Da solidão, lá dentro o vai e vem,
Arregimenta saudade, do amor
Verdade, espontânedade da paixão.

O dia, também sombrio, eleva a sofreguidão,
Podia ser de sol, homens aflitos
Balbuciam palavras, escalavram o verso
No reverso do amor, alonga-se a reunião.
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 29/05/2009
Reeditado em 29/05/2009
Código do texto: T1620909
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