SAUDADES DO AMOR

Sinto saudades.

Saudade em escrever sobre o amor.

Quando escrevia sobre o amor,

as palavras pareciam vir floreadas de minha mente.

Como por encanto elas ganhavam formas,

mas precisamente a forma de uma mulher.

Independente do que eu escrevesse,

sempre a mesma imagem vinha à minha cabeça.

Ora de cabelos soltos, ora de cabelos presos.

Ora os olhos verdes estavam a me fitar,

ora estavam fechados mas mesmo assim, intensos.

Palavras com a mesma fonte de inspiração.

Por muitas vezes enquanto eu escrevia,

era capaz de ouvir aquela voz extremamente feminina,

com aquele sotaque delicioso.

Sem contar os momentos em que chegava a sentir o seu perfume.

Sim , aquele perfume que me acompanhava o dia inteiro.

Não foram poucas as vezes em que fiz rimas,

enquanto enxergava você ao meu lado,

nua, deliciosa, sexy.

Nos versos sentia o gosto incomparável de seu beijo,

e o som agradável de sua conversa.

Escrevo tudo isso, porque estou sentindo as mesmas coisas.

Sei bem que você não me deu qualquer esperança.

Então, afinal o que mudou?

Nada. Eu continuo sendo eu mesmo.

Continuo sentindo o mesmo por você.

Continuo sendo um romântico incorrigível.

Continuo solitário e carente.

Continuo achando que escrever me ajuda a enfrentar meus problemas.

Estou sendo ingênuo? Pode ser, mas não estou lutando contra o que eu sou.

Literalmente voltei a ser adolescente,

escrevendo sobre um amor platônico.

Sem dramas, desta vez.

Mas não vou fingir que você é uma mulher "normal".

Eu te amo e sempre te amarei, aconteça o que acontecer.

Sei que não faz mal nenhum eu te dizer isso.

Beijos Lindinha!!!!

Deep Blue
Enviado por Deep Blue em 28/05/2009
Reeditado em 15/12/2009
Código do texto: T1619895
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