ENGANOS
ENGANOS
Permita-me dizer uma palavra...
Permita-me que aperte sua mão,
Contra minha dor, sua tenra escrava,
Presa no pelourinho da ilusão.
Sei que de pouco a pouca desprezava
Meu amor, amor puro e de verdade,
Somente porque ele procurava
Dar fé, esperança e sinceridade...
E despertando-me dessa quimera,
Dessa sofredora felicidade,
Eu vi você ainda a minha espera,
Chorando com minha amiga saudade...
Anápolis, 03 de novembro de 1957.