Amor insano

Andei, montanhas subi, desci, na areia
Descansei, vi coisas do arco da velha,
Senti, expressão mudei, dormi, sonhei,
Acordei e o amor ainda era sentinela.

O rio era enlevo de recordações, a grama
Ressequida, da partida desisti, em teu colo
Aconcheguei e senti recíproca do carinho
E atenção que a ti jamais havia negado.

Apaixonado, entreguei-me a ti por inteiro
Sem o exaspero de quem tem medo de perder,
Aproveitei para afagar tua alma, que num sopro
Para mim se tornou a mais doce paixão.

Sigo-te porque me queres, amo-te por que me amas,
Abraço-te quando estou triste, na calmaria
Dum sacerdote, na paz dum Dalai Lama, refuto-te
Em acirrado ânimo, revigoro neste amor insano.
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 28/05/2009
Reeditado em 28/05/2009
Código do texto: T1619129
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