Amor não morre...

Quis o destino pregar-me uma peça,

Ao me fazer deparar contigo,

De braços dados com seu novo amor,

Apresentando-me como um velho amigo,

Estremeci da cabeça aos pés,

Quando peguei de leve em sua mão,

O cumprimento frio e cordial,

Rasgou de vez meu pobre coração,

Sua presença fez voltar à tona,

Recordações febris do nosso amor,

E divagando nas minhas lembranças,

Procurei um canto e chorei na dor,

Fiquei de longe te olhando fagueira,

Entre sorrisos de alegria plena,

Enquanto que eu cabisbaixo estava,

Um torturado digno de pena,

Triste de quem não crê na saudade,

E acredita que amor tem fim,

Vai com certeza um dia em sua vida,

Sofrer a angustia que hoje vejo em mim,

E nem a historia que amores antigos,

Amores novos vêm substituir,

Não é verdade, pois amor não morre,

E algum dia pode ressurgir,

Tal como a fênix meu amor por ti,

Ressurgiu das cinzas e me fez chorar,

E me fez ver a dura realidade,

Que tanto amor pra sempre vai durar,

Mesmo que nunca mais você me queira,

Em sua vida e em seu coração,

Vou ter comigo essa dura pena,

Amargurando as dores da paixão,

E vou seguindo meu triste caminho,

Sem rumo sem tino rota ou direção,

Tal como um barco em infeliz deriva,

Pecador errante que não tem perdão.

Gutemberg Landi.

27.05.2009