NO SILÊNCIO DA ESTRADA

NO SILÊNCIO DA ESTRADA
Jorge Linhaça

Sigo a estrada, já silenciosa
Onde minha voz se perde afinal
Entre as papoulas e o céu outonal
( Quem dera eu sentir o doce das rosas )

Calam-se os versos, emudece a prosa,
Grito calado uma dor bestial !
Já não me vejo chegar ao final
Dest'estrada que se fez tortuosa.

Nesta solidão caminho sozinho
Rasgam-se os sonhos dum tempo adiante
Não cheiro a rosa, só piso os espinhos

Ouço o silêncio que nada responde
Nada mais será como já foi antes
E o sol que luzia...lá longe se esconde.

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Arandu, 27 de maio de 2009