JÁ NEM SEI POR ONDE IR
NALDOVELHO
Em seus olhos eu percebo
promessas, encontros, essências,
dose certa de desassossego,
medida e meia de carícias
e uma certa contundência
por ter se entregue por inteira
às trilhas desta vida.
Em sua boca eu prevejo
o perigo da peçonha
e um abrigo à insônia
que tanto tormento traz.
Do seu colo escorrem seivas,
dos seus seios a malícia,
pois sempre na tocaia
vivem a me desafiar.
Das coxas suadas,
orvalhadas, como queira,
preciosa e ardilosa teia
a me manter ser cativo,
entranhado, enlaçado
e em correntes feito escravo
não consigo escapulir.
Minhas pernas não respondem,
presa fácil entre os dentes
e um pouco abaixo do seu ventre,
olho d’água pulsa ardente
por esfregas indecentes,
por entregas ansiosas,
encaixados, descuidados,
já nem sei por onde ir.
NALDOVELHO
Em seus olhos eu percebo
promessas, encontros, essências,
dose certa de desassossego,
medida e meia de carícias
e uma certa contundência
por ter se entregue por inteira
às trilhas desta vida.
Em sua boca eu prevejo
o perigo da peçonha
e um abrigo à insônia
que tanto tormento traz.
Do seu colo escorrem seivas,
dos seus seios a malícia,
pois sempre na tocaia
vivem a me desafiar.
Das coxas suadas,
orvalhadas, como queira,
preciosa e ardilosa teia
a me manter ser cativo,
entranhado, enlaçado
e em correntes feito escravo
não consigo escapulir.
Minhas pernas não respondem,
presa fácil entre os dentes
e um pouco abaixo do seu ventre,
olho d’água pulsa ardente
por esfregas indecentes,
por entregas ansiosas,
encaixados, descuidados,
já nem sei por onde ir.