Café em Paris
Recém chegado à cidade, com fuso-horário pertubando meu corpo,
andando meio arrastado, sinto uma mão leve tocando meu ombro,
me viro e vejo um lindo rosto afinado, boca vermelha e carnuda,
um lenço na cabeça e o nó do mesmo abaixo do pescoço.
Fomos à um café e relembramos aqueles dias alegres do Brasil.
Acordamos com o sol nascendo e sempre correndo nos despedimos.
Dias depois nos telefonamos e de novo marcamos no mesmo lugar.
Eu fiquei sabendo que seu espôso, hoje à noite viria lhe buscar.
Meu grande amigo, que à muito eu não via, veio hoje me saudar.
Juntos jantamos numa a mesa à três, e depois vieram mais três.
e não sei até hoje essa situação explicar, explicar o quê.
E para ela levei um lindo buquê e para ele um jogo de Xadrez.
Em sua casa assistimos o filme Casa Blanca, em seu DVD
No dia seguinte voltava ao Brasil, e deixava saudades lá.
Do amigo, não sabia entender o que se passava,
e da gaúcha-espôsa um grande amor eu levava.