Deixa-me ser tua Maria
Hoje ao amanhecer
Uma chuva fina banhou meu rosto
O corpo a recebeu em cascatas de ternura
Ali, na mata, debaixo das palmeiras
Corria manso o riacho
Chamando teu nome...
“Reinava em minh’alma teu cheiro másculo...”
Eu quis me banhar naquelas águas...
A chuva descia-me na pele
Enquanto o corpo imergia no riacho
Nos galhos da palmeira o vento dizia:
_Vem... Eu sou tua Maria!