O SONHO QUE EU SONHEI
NALDOVELHO
A cor do sonho que sonhei
tinha a exuberância de um céu azul rei
e era salpicado de branco em nuvens esparsas
que ao entardecer assumiam tons contundentes
do amarelo a um inusitado dourado.
Memórias que eu guardei!
A melodia do sonho que tive,
soava em cordas profanas,
violinos, guitarras ciganas,
e era quente, misteriosa e envolvente,
vibrava e eriçava os pelos.
Memórias do meu desespero!
E ao acordar feito fera no cio,
um cheiro impregnava meu quarto,
e era ardido de suor e perigo,
de mato e terra molhada,
que fazia da razão quase nada,
difícil de se esquecer!
O sonho que só eu tive,
foi dolorido de prazer convulsivo,
tinha pele branca, sardenta e macia,
tinha seda pura a envolver nossos corpos,
que teimavam em permanecer enlaçados,
aprisionados por tanto querer.
NALDOVELHO
A cor do sonho que sonhei
tinha a exuberância de um céu azul rei
e era salpicado de branco em nuvens esparsas
que ao entardecer assumiam tons contundentes
do amarelo a um inusitado dourado.
Memórias que eu guardei!
A melodia do sonho que tive,
soava em cordas profanas,
violinos, guitarras ciganas,
e era quente, misteriosa e envolvente,
vibrava e eriçava os pelos.
Memórias do meu desespero!
E ao acordar feito fera no cio,
um cheiro impregnava meu quarto,
e era ardido de suor e perigo,
de mato e terra molhada,
que fazia da razão quase nada,
difícil de se esquecer!
O sonho que só eu tive,
foi dolorido de prazer convulsivo,
tinha pele branca, sardenta e macia,
tinha seda pura a envolver nossos corpos,
que teimavam em permanecer enlaçados,
aprisionados por tanto querer.