Carta para uma flor.

Caríssima rosa.

Quando eu te desejei.

Na hora eu não pensei.

Que fosse eu fazer-te mal.

Só pensei em minha amada.

E com a mente encantada.

Arranquei-te do meu quintal.

Belíssima rosa.

Algum tempo depois.

Eu e minha amada, nós dois.

Passeando em meu jardim.

Olhando a roseira sem flor.

Ela me disse sorrindo.

O que tu fizeste foi tão lindo.

Mas a rosa que me deu.

Estaria aqui ainda.

E talvez muito mais linda.

E ela continuando.

Sobre você, rosa falando.

Que o presente que eu dei.

Com uma tesoura cortei.

Murchou-se depois de uns dias.

Foi então que eu acordei.

E quase, quase chorei.

Pois te dei pra minha amada.

Tu oh rosa encantada.

Sabendo que neste dia.

Aqui também estaria.

Eu você e minha rainha.

A completar a minha alegria.