UMA JANELA DE AMOR

Abriste-me uma janela no céu

Que senti de amor

Rasgou o azul matinal um avião

Que ia para um qualquer distante lugar

Perto

E eu desejei

Por um segundo nele ir

Nele contigo estar

Rumo ao desconhecido

Sim, porque compraríamos bilhetes

Sem saber para onde iríamos

Aleatoriamente

Navegaríamos

Ao acaso

Fazendo do futuro presente

Num presente que te daria

Bem de noite

Dia do lugar onde tínhamos saído

Abriria uma janela no céu

E mostrar-te-ia

As estrelas impolutas

Operando o milagre

Quando adormecesses

Do teu sonho

Ser também o meu

E assim

Fingiríamos

Estar não num avião

Mas numa (ainda por inventar)

Nave espacial

A transportar-nos para o espaço profundo

Aquele que tem a cor

Dos teus olhos misteriosos

E visitaríamos

Lugares

Que nunca ninguém viu

Sentindo cores e sabores

Só à disposição dos Deuses

E seríamos felizes como mais ninguém

Sendo este sonho

Esta pequena ousadia

Uma janela de amor

Pela utopia

Que te ofereço

Porque Te Amo

Como nunca amei ninguém

Porque és as minhas estrelas

O meu céu

O meu todo

A minha terra

E mesmo que nos percamos

Hei-de te acompanhar

Para sempre

Seja em que lugar fores

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 26/05/2009
Código do texto: T1615110
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.