UMA JANELA DE AMOR
Abriste-me uma janela no céu
Que senti de amor
Rasgou o azul matinal um avião
Que ia para um qualquer distante lugar
Perto
E eu desejei
Por um segundo nele ir
Nele contigo estar
Rumo ao desconhecido
Sim, porque compraríamos bilhetes
Sem saber para onde iríamos
Aleatoriamente
Navegaríamos
Ao acaso
Fazendo do futuro presente
Num presente que te daria
Bem de noite
Dia do lugar onde tínhamos saído
Abriria uma janela no céu
E mostrar-te-ia
As estrelas impolutas
Operando o milagre
Quando adormecesses
Do teu sonho
Ser também o meu
E assim
Fingiríamos
Estar não num avião
Mas numa (ainda por inventar)
Nave espacial
A transportar-nos para o espaço profundo
Aquele que tem a cor
Dos teus olhos misteriosos
E visitaríamos
Lugares
Que nunca ninguém viu
Sentindo cores e sabores
Só à disposição dos Deuses
E seríamos felizes como mais ninguém
Sendo este sonho
Esta pequena ousadia
Uma janela de amor
Pela utopia
Que te ofereço
Porque Te Amo
Como nunca amei ninguém
Porque és as minhas estrelas
O meu céu
O meu todo
A minha terra
E mesmo que nos percamos
Hei-de te acompanhar
Para sempre
Seja em que lugar fores