Amor albergado
Albergo em ti o que em mim hiberna
camurçando a pele,
escondendo os verbos,
quando a pele ressequida sente
e os olhos mentem...
desejando o que é inviso ao que se vê.
Uma cavalgação enorme entra no quarto.
Sem uvas o amor é canganho triste,
sem vinho, sem vida
e após o dedo em riste,
fecham-se portas,
ouvem-se gritos,
e inda chamas de amor tudo o que fazes.