O VAMPIRO E A MOCINHA
Na pequena aldeia escandinava
Morava a mocinha,
Que vivia a suspirar por um príncipe
Que nunca vinha;
Ali também morava o vampiro,
Embora nunca o visse,
Em seu constante aparecer e desaparecer,
Sem que ninguém notasse;
Um dia a mocinha saiu a passear
E distanciou-se de casa,
Caminhou por entre os becos,
Como besouro sem asa;
O vampiro fugiu do bar
Cansado de perder
No jogo do pôquer
Que tudo dizia saber;
Foi então que viu, encantado,
A mocinha na rua,
Qual Ismália sonhadora,
Sob os raios da lua;
Quando se encontraram,
Naquela solidão,
Souberam, de imediato,
De quem era cada coração;
E jamais foram vistos.
Eu vos digo, em verdade,
Que são almas unidas
Por toda a eternidade.