AMOR, SILÊNCIO E DOR

AMOR, SILÊNCIO E DOR

Descampado sem fim refrigera o íntimo

A que pressinto sofrer na mágoa traduzida

Se por fidelidade que as dores se aproximam,

Vaidades falsas, íntimo sofrido, vida reduzida!

Quem por obrigação ou dever familiar casa,

Consola nas dores e não posso aconchegar,

Sofrendo é meu viver horrores e me abrasa,

Os tratamentos recebidos, coração macular!

Arrebentando a vida, em respeito aos meus,

Ainda em silêncio pelas dores cruéis refúgio,

E no tédio causado, conspiro o que outro deu.

Recebi amor quando desprezada me sentia.

O divórcio que me envergonha após anos,

Pelos filhos e pelos netos morro e a sofrer!

Ainda que por ciente que sou, desenganos!

Ainda se por fracasso, meu desejo é morrer!

Fernandópolis, 25 de maio de 2009.

Célia Mª...

Grandevitoria
Enviado por Grandevitoria em 25/05/2009
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