NEVA, NEVA ONDE EU MORO…

Nevam lágrimas de tristeza

Que se transformam em chuva

Porque o amor em mim é perene

Mas nelas

Nunca perdura

E neva…

Não me deixando ver o horizonte

O caminho para onde devo ir

Não sabendo eu bem

Se é a hora de chegares

Ou a hora de partires

E chove…

Mas serão afinal

Lágrimas de mim

Para ti?

Ou é o sinal

Que ando demasiado exposto aos elementos

Procurando no amor que não me dás

O meu alimento

Sim…definitivamente neva…

Às portas do verão

Obliterando uma parte do que eu sou

Parte da alma

Parte do coração

Porque te amo

Não sabendo

Se tal é uma realidade

Ou não passa

De mais uma ilusão…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 25/05/2009
Código do texto: T1613224
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