CANTO DOS CANTOS DE AMOR
®Lílian Maial
Canto VI
Onde anda aquele,
por quem meus versos escrevo em pedras,
por quem meus sonhos se acendem néons coloridos?
Onde anda o construtor das palavras,
aquele que me guarda em medos,
aquele por quem enfrento luas?
Eu, que te li nas estrelas,
que te encantei em rimas,
tua musa, tua ninfa,
a que te aquece as horas de frio
e os minutos de solidão.
Eu, que te quero tanto,
em verso,em prosa,
em tapetes aveludados de canções,
em labaredas de malte e olhares de paixão.
Eu, tua menina,
a que te sorri em pedras falsas,
a que te presenteia com profundas covas,
e que te promete a tempestade,
inundando a boca e as entranhas.
Eu, aquela por quem esperaste,
aquela a quem sempre temeste,
a doce amada que de ti mesmo ocultaste,
a louca idéia de felicidade.
Por onde anda aquele que não quer provar da dor,
aquele que ergue o escudo ante meus apelos,
aquele que me tomaria de um só trago,
mas que não consegue tocar o cetim
de minha pele exposta?
Por onde anda o poeta das constelações apaixonadas,
das pedras silentes,
das rochas brutas de ânsias milenares,
dos rios e seixos, dos torturantes seios...
Dos sedutores lábios,
dos silêncios?
Vem, meu amado,
para junto do teu destino!
Vem desvendar os mistérios dessa tua deusa,
revelar os segredos mais profanos do teu âmago,
os receios mais apavorantes da tua alma!
Vem, vem me fazer sentir as esporas do teu amor tão tímido,
os açoites dos teus dedos de carinhos,
a volúpia dos teus lábios de conchas!
Vem, que te espero em alcova de nuvens,
que te recebo em meu ventre de quimeras,
para te entregares, sem pejo ou tormento,
ao aconchego dos meus braços de serpente,
que te envolvem, sem pecado,
na paz do meu amor.
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®Lílian Maial
Canto VI
Onde anda aquele,
por quem meus versos escrevo em pedras,
por quem meus sonhos se acendem néons coloridos?
Onde anda o construtor das palavras,
aquele que me guarda em medos,
aquele por quem enfrento luas?
Eu, que te li nas estrelas,
que te encantei em rimas,
tua musa, tua ninfa,
a que te aquece as horas de frio
e os minutos de solidão.
Eu, que te quero tanto,
em verso,em prosa,
em tapetes aveludados de canções,
em labaredas de malte e olhares de paixão.
Eu, tua menina,
a que te sorri em pedras falsas,
a que te presenteia com profundas covas,
e que te promete a tempestade,
inundando a boca e as entranhas.
Eu, aquela por quem esperaste,
aquela a quem sempre temeste,
a doce amada que de ti mesmo ocultaste,
a louca idéia de felicidade.
Por onde anda aquele que não quer provar da dor,
aquele que ergue o escudo ante meus apelos,
aquele que me tomaria de um só trago,
mas que não consegue tocar o cetim
de minha pele exposta?
Por onde anda o poeta das constelações apaixonadas,
das pedras silentes,
das rochas brutas de ânsias milenares,
dos rios e seixos, dos torturantes seios...
Dos sedutores lábios,
dos silêncios?
Vem, meu amado,
para junto do teu destino!
Vem desvendar os mistérios dessa tua deusa,
revelar os segredos mais profanos do teu âmago,
os receios mais apavorantes da tua alma!
Vem, vem me fazer sentir as esporas do teu amor tão tímido,
os açoites dos teus dedos de carinhos,
a volúpia dos teus lábios de conchas!
Vem, que te espero em alcova de nuvens,
que te recebo em meu ventre de quimeras,
para te entregares, sem pejo ou tormento,
ao aconchego dos meus braços de serpente,
que te envolvem, sem pecado,
na paz do meu amor.
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