Jóia Rara

Bela mulher,
lapidada jóia da felicidade
escondida no fundo do coração.
Sagrado é o seu brilho
que parece fazer luz no peito
desnudo de cada um.
É antes que jogos de sedução,
uma saudável brincadeira
de jovens maduros.
Pela janela aberta,
os pingos de chuva entram.
Tocam as faces,
escorrem pelo cabelo e rosto,
e por fim, por todo corpo,
refresca o calor físico.
Os corações estão pacíficos,
os corpos se integram à mobília,
num profundo mergulho na intimidade,
São feitas confissões dos segredos de amor.
Um breve vento
que logo se acalma em agradável brisa,
que parece acalentar a chuva.
Em meio às horas,
nenhum é o alibi,
enorme é a cumplicidade,
que se transforma em promessa selada,
numa aliança na troca de um olhar.
 

Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 24/05/2009
Código do texto: T1612733
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