o beijo que nunca te dei
Amo-te tanto! E nunca te beijei...
E nesse beijo, amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz!
Florbela Espanca
Soneto: Os versos que te fiz
Mote: O beijo que não te dei.
Era um sentimento que tinha nascido sem saber como.
Era um olhar olhos nos olhos ilusoriamente tecendo afectos.
Era o sentir que te aproximavas quando ainda ninguém te tinha visto
Passavas por mim e eu sentia que o mundo estava ali e era só nosso
Fingimos ambos que não nos víamos disfarçando nesse olhar que atraía
Eu sentia tantas vezes o teu beijo quente na minha face mas era ilusão
Apenas nos tocávamos sem que para isso houvesse intenção
Disfarçávamos envergonhados nessa confusão
Apenas riamos falávamos e ao mesmo grupo pertencíamos
Mas tão bem que disfarçávamos o que o nosso coração dizia
As hesitações nasciam da insegurança que a própria idade oferecia.
Um mundo criativo de ilusões fantasiosas como seu quê de harmonioso
Era o desabrochar saindo de um estadio que já não nos pertencia
Era a procura do lugar no horizonte que já distinguíamos
Dentro de nós fervilhava algo que não percebíamos e nos fazia enlear.
Corremos mundo de mãos dadas e abraçados sem sair do mesmo lugar
Beijei-te tanto sem nunca te ter beijado
Penso que o mesmo terá acontecido do teu lado
Eram os alvores da adolescência a chegar.
Eram as ilusões próprias fantasias que não mentiam
O pranto diluviano tinha a mesma força que um dia de alegria.
Éramos fiéis a essa pertença que construíamos.
Que lindo e alucinante é esse tempo em que já se não é criança mas em que a esperança amanhece já um novo e radioso dia preparando para a vida
De T,ta
09-05-24
E nesse beijo, amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz!
Florbela Espanca
Soneto: Os versos que te fiz
Mote: O beijo que não te dei.
Era um sentimento que tinha nascido sem saber como.
Era um olhar olhos nos olhos ilusoriamente tecendo afectos.
Era o sentir que te aproximavas quando ainda ninguém te tinha visto
Passavas por mim e eu sentia que o mundo estava ali e era só nosso
Fingimos ambos que não nos víamos disfarçando nesse olhar que atraía
Eu sentia tantas vezes o teu beijo quente na minha face mas era ilusão
Apenas nos tocávamos sem que para isso houvesse intenção
Disfarçávamos envergonhados nessa confusão
Apenas riamos falávamos e ao mesmo grupo pertencíamos
Mas tão bem que disfarçávamos o que o nosso coração dizia
As hesitações nasciam da insegurança que a própria idade oferecia.
Um mundo criativo de ilusões fantasiosas como seu quê de harmonioso
Era o desabrochar saindo de um estadio que já não nos pertencia
Era a procura do lugar no horizonte que já distinguíamos
Dentro de nós fervilhava algo que não percebíamos e nos fazia enlear.
Corremos mundo de mãos dadas e abraçados sem sair do mesmo lugar
Beijei-te tanto sem nunca te ter beijado
Penso que o mesmo terá acontecido do teu lado
Eram os alvores da adolescência a chegar.
Eram as ilusões próprias fantasias que não mentiam
O pranto diluviano tinha a mesma força que um dia de alegria.
Éramos fiéis a essa pertença que construíamos.
Que lindo e alucinante é esse tempo em que já se não é criança mas em que a esperança amanhece já um novo e radioso dia preparando para a vida
De T,ta
09-05-24