VENENO
Tudo em mim parou, olho em minha volta...
As folhas do meu livro estão brancas,
Daqui a pouco, as teias das aranhas
Cobrirão suas páginas...
Não tenho forças para pensar em continuar,
Estou confusa, tenho sede do vinho.
Tenho minhas mãos vazias...
Quero continuar, não encontro forças,
Sua ausência me faz morrer aos poucos,
Já não sei se é dor, nem mesmo se é amor.
Na mente se misturam marcas
E memórias do amor e da dor...
São como uma taça de vinho envenenada,
Quero apenas sobreviver das lembranças
E voltar a me ver, nunca mais me perder.
Para sempre saber quem sou...
Adriana Leal
Texto revisado por Marcia Mattoso