EU E VOCÊ, SEMPRE

Hoje acordamos sozinhos

Eu e você, sem nós

Ah, a saudade...

Velha companheira dos nossos dias tão iguais

Voltamos nas lembranças e

Aconchegamo-nos um nos braços do outro

Abafamos os nossos ais

E nos encontramos em pensamentos...

Busco o teu olhar, mendingo de desejos

Mas já não o encontro mais...

A noite foi só de vazio, dor e solidão

Pura solidão!

Eu e você...eu aqui e você aí

A saudade corroendo o nosso ser, feito a ferrugem

Ai, dor tão grande é relembrar o teu semblante

Ora tranqüilo, ora tristonho mas, tão sedutor...sempre!

Você...forte, frágil, sensível, tão amante de mim

Eu...carente de ti, apenas isso!

A tua ausência amanheceu comigo

E a minha saudade acordou contigo

Sinto o correr das lágrimas em meu rosto

Mas, já não sinto a tua mão a enxugá-las

Para guardar em tua boca o gosto delas

A tua lágrima, salgada e quente

Ainda está aqui em minha língua

A saciar esse desejo louco e incontido

O dia corre à léguas e eu o vejo passar, chorando

Do céu, cai a chuva como se estivesse a chorar conosco

E aonde ficastes aí, a minha dor abraçou-se contigo

Enquanto aqui, aonde estou agora, o teu amor permanece comigo

Partidos e unidos, igual a nossa medalhinha da cara-metade

Oh meu Deus, que pena...

Laura Limeira
Enviado por Laura Limeira em 22/05/2006
Reeditado em 22/05/2006
Código do texto: T160939