O Pacto de Dois Corações 
 
Abramos nossos sorrisos,
retiremos as fantasias de heróis,
desfaçamos as ilusões,
dispensemos os sonhos...
 
Pois que basta o encontro,
estar vivo e contigo,
para recriar dia e noite,
para unir palavras em versos.
 
A poesia não é produção,
mas apenas inspiração.
É murmúrio dos sentimentos,
são letras nas cores da emoção.
 
Sem caderno, sem documento,
sem orçamento, sem hora marcada,
sem combinar, sem cobrar,
e ainda assim ,o encontro.
 
Num ponto qualquer,
de uma hora perdida,
de saudade que se saciou,
de vontade que se pacificou.
 
Na liberdade dos comprometidos,
sob os olhos da esperança,
na troca de confissões,
na promessa de todo e sempre.
 
Sem nomes, sem substantivo próprio,
sem adjetivos, sem sobrenomes,
sem roteiro, sem texto a seguir,
apenas sendo verbo e realização.
 
Jogo lúdico, brincadeiras,
e o ar de ideal infantil ressurge.
E o rebelar adolescente renasce,
E o coração maduro pulsa feliz.
 
Pois que posseiros de um e outro,
ainda seremos livres para querer.
E querendo desejaremos um ao outro,
e por sermos livres assumimos compromisso.

Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 21/05/2009
Reeditado em 22/05/2009
Código do texto: T1607249
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