Carinhos
O afeto adormeceu na porta como mensagem
Estou aqui e você não vê? Leia!
O tempo apagou e amarelou as escrituras
O amor insistente em caminhar ao lado
O coração zumbidor no vento da soleira
A janela entreaberta chamava a saudade
O destempero ardia na lembrança cautelosa
O amor estendido, como pedinte aguado
Ofereci o copo d’água e cedeu a sede
Carinhos, afagos, ardências e prazer.
Tudo vivido no agradável retorno.