PARÁBOLA AO AMOR
Há certas palavras doces
Que pretendo por vezes evitar
Como
“Amo-te”
Usada e usada até à exaustão
Mas são palavras simples como estas
Que Te demonstram
Toda a dimensão
Da minha vasta paixão
Que sobrevive a Tudo
À distância
Aos silêncios
À ternura vertida a gotas
Quando eu gostava
Que fosse um caudal infinito
De afectos
Pois almejo tal
E se calhar
É por isso
Que fiz de tal
O meu inalcançável Mito(?)
Pois fiz-me homem
Com os pés bem assentes nesse sonho
Fiz-me contador de histórias
Na parabolização do Amor
Fiz-me sonhador
Na crença
Que Tu existes
Para mim
E que um dia
Poderemos ser felizes
Noutro local que não aqui
“Num lugar onde não haja trevas”
Disseste-me um dia ao ouvido
Nas Planícies do Amor sem fim
Sobre a Grande Arcada Estrelas
Que gostava de contigo explorar
Não hoje
Não ontem
Não amanhã
Talvez depois
Num belo sonho
Tornado real
Se vivido a Dois