PARÁBOLA AO AMOR

Há certas palavras doces

Que pretendo por vezes evitar

Como

“Amo-te”

Usada e usada até à exaustão

Mas são palavras simples como estas

Que Te demonstram

Toda a dimensão

Da minha vasta paixão

Que sobrevive a Tudo

À distância

Aos silêncios

À ternura vertida a gotas

Quando eu gostava

Que fosse um caudal infinito

De afectos

Pois almejo tal

E se calhar

É por isso

Que fiz de tal

O meu inalcançável Mito(?)

Pois fiz-me homem

Com os pés bem assentes nesse sonho

Fiz-me contador de histórias

Na parabolização do Amor

Fiz-me sonhador

Na crença

Que Tu existes

Para mim

E que um dia

Poderemos ser felizes

Noutro local que não aqui

“Num lugar onde não haja trevas”

Disseste-me um dia ao ouvido

Nas Planícies do Amor sem fim

Sobre a Grande Arcada Estrelas

Que gostava de contigo explorar

Não hoje

Não ontem

Não amanhã

Talvez depois

Num belo sonho

Tornado real

Se vivido a Dois

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 21/05/2009
Código do texto: T1605956
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