Debaixo do teu chapéu...
Agora mesmo a noite repousou em teu chapéu,
e escondeu o brilho de teu rosto debaixo dele,
como grotas que escondem seus mistérios.
Essa tua essência posta em teu olhar esquivo
a percorrer luzeiros de perpétua claridade,
hoje se desmancham em minha sofreguidão,
no querer das noites... teus manchados lábios,
que sobre os meus pusestes ansiando ânsias...
E nem percebemos essas tantas noites fugazes,
passageiras apenas de nossas vontades reais,
e de nosso querer submerso na fonte da paixão,
que como um grito noturno os nossos corpos
alinharam ... para cumprir o destino já certo,
de juntar nossas vidas num amor inquebrantável,
porque nossas vozes já nem mais se ouviam...
Apenas um sopro é o que eu sentia.
E debaixo do teu chapéu... você tudo assistia...
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Cássio Seagull 08.09.08 19.50 h SP
cseagull2@hotmail.com
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