Beijo Roubado
Um beijo relâmpago tirou-me a calma...
Com um toque de lábios penetrou-me a alma;
Agora eu ando desorientado pelo espaço...
À procura da boca que jogou-me o laço;
Vivo da lembrança eterna de um beijo...
Sem saber como acalmar meu desejo;
Nem pistas tenho, desta Dama...
Meu coração converteu-se num drama.
Ó, mulher! Que a pouco me inflamara...
Retornai ao ponto em que me beijara!
Apenas o silêncio respondeu ao meu clamor...
Eis a nova dúvida, que irá aonde eu for.
Tocar-te, ouvir-te, sentir-te ao menos, eu queria...
Reviver o momento, só que em dupla sintonia;
Não é justo, apenas tu, ter-me sentido...
Como um herói, que faz um bem e mantêm-se escondido.
Talvez se eu possuísse a visão...
Saberia quem abalou-me, o coração;
Ou não! Melhor assim, vivendo de emoções...
Usando todos os outros sentidos, fermentando as sensações.
Maximiniano J. M. da Silva - terça, 30 de Setembro de 2008