Meninas de Corações Partidos
Através de um vidro
Vejo várias moças
Chorando
De coração partido
Perceberam que
Afrodite é Mito
 
Sentiram dor
Como livre golfinho
Arpoado
Pelo Demônio
Homem!
Que vem a vós
Com romântico ar
Doce ao beijar
Mas depois
De inúmeras
Colheitas de flor
Enjoa do néctar
 
Impele dor
Diz palavras
Sem base de
Rompimento!
Nunca pensa
Em sentimento
É ser egoísta!
É do reino protista
É protozoário!
É parasita usa até
Quando lhes faz bem
Depois não mais convém
 
A maioria é assim
Pobres meninas
Algumas tão jovens
Tem escuridão
Nas retinas
Depois quando
Tranca-se
Seus corações
A Mil chaves
E As sopra aos
Quatro ventos
Da terra e são
Levadas por
Suas correntes
E viram essência
Na atmosfera
Sem emoção
 
Acha-se radicalismo
Pulo no precipício
Do isolamento
Bordar teu
Coração em Crivo
Mas não fiquem
Tristes Meninas
Algo celeste
Encontrará
Suas chaves
Resgatará
Tuas emoções
 
E teus corações
Voltarão a abrir
Pois acreditar
É encontrar
Nem que no Ente
Infinito! Um amor
Verdadeiro! Não mito!
Um Amor
Equivalente
É o que faz o romance
Os sonhos nascerem
A poesia perfumada
É o que fazem vocês
Romperem vidros
Barreiras!
E Vida!
Nas veias sentirem!
E continuar
Como guerreiras!
Amazonas!
A existirem!