Meus Enredos não consegui Desenredar...
Meus Enredos não consegui Desenredar...
Estive ausente por algum tempo
Ficou comigo, meus versos, minhas prosas, meus muitos pensamentos...
Nessa pausa os meus enredos não consegui desenredar
Esperei que o meu silêncio fosse ouvido
Esperei que algum ato pudesse florecer em meu pensamento
Em vão transformei a angústia da espera em poesia
Sofro em meus sentidos cansados
Escrevo sobre a coragem e adormeço na minha fragilidade
Marcho com sorrisos fartos, seguros, firmes, de quem só tem certezas, enquanto firo minha alma, com os meus dentes
Salivo indagações, desejos, vontades espremidas
Mordo a língua reprimida, que sangra de dor oprimida
Choro por um lugar onde me encontrar
Sonho com asas batendo em busca do amor, da dor, da vida, da morte, da eternidade, da felicidade
Me vejo na sombra do riacho, na luz do céu,
no brilho da lua, no calor do sol
Me misturo em pedras, montanhas, rios, lagos, mares, sou só natureza
Deposito em nuvens todo o meu sonhar
Deito dentro de mim mesma
Na minha solidão, apenas uma voz fazendo companhia em meu coração
a outra, que em mim há...
(Sperazzo)