NAS PLANÍCIES ETERNAS…
Eternas das estrelas
Onde são as estrelas
Que tudo comandam
O tempo
A vida
O tempo
A cadência silenciosa do Amar
Será nessas Planícies
Que eu contigo
Até o Universo minguar
Irei ficar
Mesmo que essa eternidade
Tenha a duração de um beijo
Ou o tempo que demoramos
A descobrir os nossos corpos
A misturarmos a nossa essência
Etérea e corporal
Numa bússola
Feita astrolábio
Onde descubro onde estás
O que és
Com que frequência
Queres
Que te dê
O fragor dos meus lábios
O calor
Que me arde por dentro
Uma dor
Que passa quando estás
Que volta
Quando evanesces
Que anda escondida
E que aparece
Quando mergulhas nos silêncios
Quando sais de ao pé de mim
Ou do alcance do meu radar dos sentidos
Pois estou farto
Desta transumância
Do amor
Quero-te aqui
Até as estrelas morrerem
Quero-te comigo
Quero-te dedicar
As minhas coisas belas
As minhas coisas ternas
Lá longe
Que é até aqui tão perto
Nas Planícies Eternas…