Amor esperança
Quando menino ladeiras eu descia,
Caia, levantava, levantava e caia. Em pé quase
Não parava, naquela terra macia eu via
A vida vazia, de tudo desprovida,
Um vácuo que só a emoção cobria.
A paisagem algo faltava, eu buscava
Eu perguntava, mas resposta não havia
Eu chorava, mas lagrimas não caiam, ao som
Do vento apenas lamento eu ouvia.
Perdia-me por entre a vegetação,
Por entre o capão eu caminhava,
O desejo me campeava, a emoção
Me maltratava, eu sonhava com um novo dia.
Nem a certeza da minha existência eu conhecia
Vivia por viver, amava sem saber as coisas
Que eu não via, percepção de criança
Fé na esperança, amabilidade ainda que tardia.
Com uma cidade subterrânea, revestida de mármore
Onde nem possibilidade da felicidade existia
Eu sonhava, pois era meu único consolo,
Diante do grande bolo que ninguém comia.
Quando menino ladeiras eu descia,
Caia, levantava, levantava e caia. Em pé quase
Não parava, naquela terra macia eu via
A vida vazia, de tudo desprovida,
Um vácuo que só a emoção cobria.
A paisagem algo faltava, eu buscava
Eu perguntava, mas resposta não havia
Eu chorava, mas lagrimas não caiam, ao som
Do vento apenas lamento eu ouvia.
Perdia-me por entre a vegetação,
Por entre o capão eu caminhava,
O desejo me campeava, a emoção
Me maltratava, eu sonhava com um novo dia.
Nem a certeza da minha existência eu conhecia
Vivia por viver, amava sem saber as coisas
Que eu não via, percepção de criança
Fé na esperança, amabilidade ainda que tardia.
Com uma cidade subterrânea, revestida de mármore
Onde nem possibilidade da felicidade existia
Eu sonhava, pois era meu único consolo,
Diante do grande bolo que ninguém comia.