Pudera eu....
Pudera eu...
Pudera eu
tê-lo em meus braços,
para ninar o cansaço
exorcizar a solidão
que espreme meu peito,
estraçalha a alma,
feito um mal-feito
que acaba co’a gente,
feito serpente
que estrangula sentimentos,
envenena o ser...
Pudera eu,
ao menos te ver,
saber da tua vida,
conversar coisas tolas,
assuntos banais,
correr descalços na avenida,
cantarolar na chuva,
namorar na madrugada fria,
sob a luz do luar,
o manto das estrelas,
a chama da paixão,
a crepitar o desejo,
a aquecer sonhos e beijos,
a purificar o amor...
Pudera eu, apenas poder
te amar!
Benvinda Palma