PASSEI E VOCÊ NÃO ME VIU
Bandeiras frias são defraudadas sobre nós
Na dor que estar com a alegria que estou
Na luz cobreada, um papel de chuva fina
Eu abro o que nasce na mente, e crio um vazio
Meu coração descompassou
Fiquei mais tempo comigo
Abri meus olhos abertos
Apareci como um frágil na gaiola
Se eu me quero sempre
Sinto-me à toa
Quando vejo o silêncio
Da minha mente que não cessa e não perdoa
Agora uma calma predomina
Na face que me ensina
Na hora destrambelhada
Que insiste em ser a minha voz
Quando vem a manhã
Escondo e vou ao sol
Como entender a maneira
De estar-se-á sem me ferir
Sei que tenho dificuldade
Medindo cada minuto da vida
Fico de novo perdido
Nada é ser nada
De tudo que ainda resta
Numa certeza clara temos o amanhã...
MOISÉS CKLEIN.