FRAGILIDADE

Toc... Toc...

Quero tocá-la

Minha bela flor

Mesmo que não possa

Sentir seu perfume

Nem degustar

Seu doce sabor

Pois vê-la

É desejo que dá prazer

Fortalece a alma

Na vontade de apreciar o belo

Que se oculta em greve

No paraiso dos sonhos

Ao ver por telescópio

Encaracolada presunção

Onde conduz ao jardim

Entre sons de suave melodia

A pequena flor

Retira-se por não persuadir-se

Sem deixar espetalar-se

Nem se extraviar

Pelo prazer indubitável

Do tão exótico jardineiro

Que almeja tocar a flor

Ao ouvir o toc...toc...

Trêmula e requintada

Esconde-se no inóspido

Prado de lírios...

Onde é proibido

Colher a flor.

(MA SOCORRO)

ma socorro
Enviado por ma socorro em 16/05/2009
Código do texto: T1597080