FRAGILIDADE
Toc... Toc...
Quero tocá-la
Minha bela flor
Mesmo que não possa
Sentir seu perfume
Nem degustar
Seu doce sabor
Pois vê-la
É desejo que dá prazer
Fortalece a alma
Na vontade de apreciar o belo
Que se oculta em greve
No paraiso dos sonhos
Ao ver por telescópio
Encaracolada presunção
Onde conduz ao jardim
Entre sons de suave melodia
A pequena flor
Retira-se por não persuadir-se
Sem deixar espetalar-se
Nem se extraviar
Pelo prazer indubitável
Do tão exótico jardineiro
Que almeja tocar a flor
Ao ouvir o toc...toc...
Trêmula e requintada
Esconde-se no inóspido
Prado de lírios...
Onde é proibido
Colher a flor.
(MA SOCORRO)