angústia
a minha angústia que minh’alma espanta
me degenera e de mim judia
se não te vejo, minha febre é tanta
que mais um pouco acho que morria
se não te tenho, não há quem garanta
que vou poder chegar ao fim do dia
fico sem forças como aquela planta
que não bebeu a água que devia
desgovernado, tudo me suplanta
sou governado pela letargia
a intolerância em mim se agiganta,
mas só comigo, só por picardia
mas se tu vens, ah, como isso me encanta
volto a viver num mundo de alegria
Rio, 15/05/2009